PROGRAMAÇÃO – IV MOSTRA DE TEATRO HELIÓPOLIS | TEATRO (grátis)

14h – Cortejo cênico musical:

Sambada de Reis

Com: Grupo Manjarra / Mundu Rodá

Local: Rua das Casinhas – CEU Heliópolis

Classificação: Livre. Gênero: Cortejo. Duração: 80 min.

Ao som de instrumentos como a rabeca, bombos de corda, bages e mineiro, integrantes e foliões comemoram o grande baile oferecido pelo Capitão Marinho. O ritmo pulsante da música é acompanhado por diferentes formações coreográficas e passos denominados “trupés”. Nesse sapateado brasileiro a forte pisada, a leveza e a graça dos movimentos dos brincadores se unem, compondo variados desenhos coreográficos e jogos ritmados com o público. No decorrer da festa, Capitão Marinho compra de Seu Ambrósio – um vendedor ambulante de brincadeiras – uma série de figuras máscaras para integrar a festa. Bonecos gigantes e figuras mascaradas – Soldado, Mateus, Mané Pequenino, Margarida, Bicho Babau e Boi – aparecem, então, para contar suas curiosas histórias no grande baile oferecido em homenagem ao Capitão Marinho. A festa se completa com a participação do público que não fica indiferente à passagem do colorido cortejo e se une à brincadeira para festejar, formando uma roda para cantar e dançar os cocos de despedidas.

Grupo: Grupo Manjarra / Mundu Rodá.

Concepção artística e direção cênico-musical: Juliana Pardo e Alício Amaral.

Elenco: Alício Amaral, Amanda Martins, Ana Célia Martins, Aysha Roque, Camila Rodrigues, Fernanda Guimarães, Geziela Gois, Jéssica Marias, João Aquino, Juliana Pardo, Legina Leandro, Matheus Aquino, Nataly Oliveira, Pedro Pilar, Pri Roque e Rodrigo Reis.

20h – Espetáculo:

CANTO DAS DITAS –
Fragmentos Afrografados de Cidade Tiradentes

Com: Filhas da Dita

LEIA A CRÍTICA DE ALEXANDRE MATE.

Local: Casa de Teatro Mariajosé de Carvalho, Rua Silva Bueno 1533 – Ipiranga. SP/SP.

Classificação: 14 anos. Gênero: Teatro documentário. Duração: 70 min.

Roda de conversa após espetáculo.

Para refletir sobre como a África se manifesta no dia a dia das moradoras de Cidade Tiradentes, o grupo encarou o desafio de ‘afrografar’ o bairro – referência ao termo ‘afrografias’ da poetisa e ensaísta Dra. Leda Maria Martins, que coloca em evidência e consciência a nossa herança africana. O grupo mapeou esse legado ancestral de várias maneiras diferentes, trazendo histórias de suas mães, tias, mulheres antigas moradoras do local e seus relatos, que foram essenciais para construção da dramaturgia. A partir dessa investigação, Canto das Ditas coloca em cena histórias demulheres negras de Cidade Tiradentes que se entrecruzam com histórias de Yabás (orixás-femininas). A montagem busca o reflexo das histórias do cotidiano em um espelho ‘mítico’ das personagens sagradas.

Texto e direção: Antônia Matos.

Elenco: Ellen Rio Branco, Lua Lucas, Thábata Wbalojá, Luara Iracema e Cláudio Pavão.

Idealização e produção: Filhas da Dita.

19h – Espetáculo:

Bom Retiro Meu Amor

Com: TUOV – Teatro Popular União e Olho Vivo

LEIA A CRÍTICA DE EVERTON DA SILVA JOSÉ.

Local: Casa de Teatro Mariajosé de Carvalho, Rua Silva Bueno 1533 – Ipiranga. SP/SP.

Classificação: 10 anos. Gênero: Teatro musical. Duração: 80 min.

Espetáculo teatral musical inspirado no bairro Bom Retiro e em gerações de imigrantes e moradores atuais (operários de tecelagens, lavadeiras, “mulheres da vida“, catadores em situação de rua e cracolândia), que coexistem e deixam suas marcas nesse território composto por uma miscelânea cultural. Das travessias dos mares à chegada dos imigrantes de diversas nacionalidades, dos negros africanos vindos em navios negreiros aos bolivianos “caminantes” atravessando fronteiras que, em sua maioria, trabalham em oficinas de costura, o espetáculo homenageia o Bom Retiro, território que há tantos anos acolhe a sede do TUOV. Também reverência o ator Neriney Moreira, há 56 anos atuando no palco do TUOV.

Texto: César Vieira, Mei Hua Soares e Rogerio Guarapiran.

Direção: César Vieira.
Codireção: Rogério Tarifa.

Elenco: Angelita Alves, Danila Gonçalves, Leandro Soussa, Lívia Loureiro, Lucas Cruz, Mei Hua Soares, Neriney Moreira, Oswaldo Ribeiro, Thauana Renardi. Idealização e produção: TUOV – Teatro Popular União e Olho Vivo.

17h – Espetáculo:

Cidade Do Sol –
Uma Homenagem à Menina Luz

Com: Impacto Agasias

LEIA A CRÍTICA DE EVERTON DA SILVA JOSÉ.

Local: CEU Heliópolis, Estrada das Lágrimas, 2385 – São João Clímaco, SP/SP

Classificação: Livre. Gênero: Teatro documentário. Duração: 70 min.

Partindo de histórias e memórias de Heliópolis, a menina Luz traz o verdadeiro sentido da palavra mito. Foi ouvindo algumas vozes da comunidade, falas que ecoam e reverberam nas mentes dos integrantes da companhia, que nasceu a narrativa, brotada feito a semente de girassol, forte em terra bruta de luta e labuta. Dos campos que viraram casas, bem além dos muros e concretos, a montagem traz o ‘humano’ que dá vida a esse bairro-cidade que pulsa feito o sangue que corre nas veias de mulheres que fazem crescer e sustentar a ‘Cidade do Sol’. Muros aqui são rompidos e os conceitos quebrados, vividos e lapidados.

Texto: Criação coletiva – Impacto Agasias.

Direção: Carolina Angriasani.

Elenco: Caroline Varani,Henrique Sanchez, Kátia Bocalon, Raffael Santos, Suelen Zamora e Wallace Borges. Idealização e produção: Impacto Agasias.

17h – Espetáculo:

Podia Ser Pior

Com: Terrô e Disgraça

LEIA A CRÍTICA DE LUIZ CAMPOS.

Local: Rua Babalu – Heliópolis

Classificação: Livre. Gênero: Comédia. Duração: 45 min.

Podia ser Pior provoca a plateia por meio da arte circense, trazendo questões sobre aquilo que consumimos como arte e como nos relacionamos com os trabalhares artísticos. A dupla Terrô e Disgraça – Matheus Barreto e Jhuann Scharrye, respectivamente – apresenta o que eles diz ser apenas um pedaço do seu espetáculo, mas que acaba sendo um grande show para toda a família, recheado com malabares, músicas e acrobacias que, contudo, poderia ser pior.

Texto e direção: A Companhia.

Elenco: Matheus Barreto e Jhuann Scharrye.

15h – Espetáculo:

Trilogia Circo

Com: Ciclistas Bonequeiros

LEIA A CRÍTICA DE CAROLINA ANGRISANI.

LEIA A CRÍTICA DE LUIZ CAMPOS.

Local: Rua Framboesa – Heliópolis

Classificação: Livre. Gênero: Experimental. Duração: 90 min.

Três bicicletas personalizadas com mini teatros lambe-lambe formam o cenário da Trilogia Circo. Cada história apresenta ao expectador um pouco do universo circense. “O camarim do palhaço”, “O circo de pulgas” e “Quando o circo chega na cidade” são mini teatros fazendo a mesma função do circo, instaurando-se no espaço e realizando uma ação artística cheia de vida.

Texto e direção: Gustavo Guimarães Gonçalves.

Elenco: Gustavo Guimarães Gonçalves, Bruna Burkert, Thauana Oliveira, Guto Vieira e Lídia Gomes.

Idealização e produção: Ciclistas Bonequeiros.

17h – Espetáculo:

A Luta

Com: Cia. Madeirite Rosa

LEIA A CRÍTICA DE CAROLINA ANGRISANI.

Local: Travessa da Rua Meriçi / Praça – Heliópolis

Classificação: Livre. Gênero: Comédia. Duração: 40 min.

Em um ringue de boxe enfrentam-se duas oponentes: a influente Sra. S.A. e a faxineira do ringue, Maria. A mediação do embate é realizada pela Narradora e por Dra. Norma, a árbitra. Entre músicas, narrativas e palhaçaria, Maria cria estratégias para garantir sua sobrevivência e vê o ringue transformar-se em diferentes espaços do cotidiano e da imaginação.

Atuação: Cristiane Lima, Diane Boda, Luciana Gabriel, Rafaela Carneiro.

Direção, Dramaturgia, Figurinos, Adereços, Músicas: Cristiane Lima, Fernanda Donnabella, Liz Nátali e Rafaela Carneiro.

Produção: Jéssica Evangelista, Rafaela Carneiro.

Colaboração Musical: Ana Lessa.

Colaboração Artística: Juliana Jardim e Tamy Dias

17h – Espetáculo infantil:

O MACACO E A LUA

Com: Cia Pé no Asfalto

LEIA A CRÍTICA DE CAROLINA ANGRISANI.

Local: Rua Babalu – Heliópolis

Classificação: Livre. Gênero: Comédia. Duração: 50 min.

Dois ‘palhaçes’ pescadores se perdem em alto mar. Em busca de comida, eles acabam pescando um livro de contos africanos, iniciando uma travessia imaginária até a África. Por meio da leitura da lenda africana O Macaco e a Lua, eles embarcam em uma grande aventura onde descobrem a origem do tambor e suas raízes de matrizes africanas.

Texto: Cia Pé no Asfalto.

Direção: Aline Moreno e Marcos Nascimento.

Elenco: Jussara Freitas e David Casanov.

Idealização e produção: Cia pé no Asfalto.

15h – Espetáculo infantil:

Circo Curtição

Com: Palhaça Curtiça

LEIA A CRÍTICA DE ALEXANDRE MATE.

Local: Rua dos Artistas. Heliópolis

Classificação: Livre. Gênero: Comédia Duração: 45 min.

A Palhaça Curtiça (Samara Montalvão) recebe o público em seu pequeno Circo Curtição, a herança que ficou de sua avó. Cheia de dúvidas, mas muito determinada, Curtiça encontra inspiração nas lembranças do circo na época da sua avó para dar continuidade ao seu legado. Em meio a muitas trapalhadas, ela consegue apresentar paródias dos números clássicos de circo com mágica, música, ilusionismo, dança e improviso com o público.

Texto, direção e interpretação: Samara Montalvão.

17h – Espetáculo infantil:

Kuami,
Caminhos Para Identidade

Com: Núcleo Abre Caminhos

LEIA A CRÍTICA DE ALEXANDRE MATE.

Local: Casa de Teatro Mariajosé de Carvalho

Rua Silva Bueno 1533 – Ipiranga. SP/SP.

Classificação: Livre. Gênero: Comédia. Duração: 65 min.

Roda de conversa após espetáculo.

Em uma jornada musical, através do samba, o elefante mirim africano Kuami e sua amiga Janaina, uma sereiazinha aventureira do reino das águas, viajam juntos pela floresta amazônica à procura da mãe de Kuami, sequestrada por traficantes de animais. O samba é fio condutor da narrativa entre as duas crianças, que buscam encontrar suas raízes a partir desse ritmo ancestral.

Texto: Núcleo Abre Caminhos. 

Direção: Martinha Soares.

Elenco: Adriana Miranda, Piu Guedes, Ulisses Dias e Cynthia Regina. Idealização e produção: Núcleo Abre Caminhos.

11h00 – Teatro infantil:

A Louca das Frutas

Com: Painé Santamaria

LEIA A CRÍTICA DE ALEXANDRE MATE.

Local: Rua Framboesa (Feira) – Heliópolis.

Classificação: Livre. Gênero: Comédia. Duração: 40 min.

Chiquita é uma feirante que adora um público para fazer suas peripécias enquanto vende a sua fruta. Desbordada, engraçada, sincera e muito emocional, Chiquita conduz o espectador a uma viagem na qual ela conta de onde vem e se pergunta aonde vai, convidando ao público a descobrir, junto com ela, uma nova etapa na sua vida de feirante de frutas.

Criação, concepção e interpretação: Painé Santamaria.

Direção: Leticia Vetrano.

20h – Espetáculo:

Ensaio Para Dois Perdidos

Com: Éssa Compania de Teatro

LEIA A CRÍTICA DE ALEXANDRE MATE

Local: Casa de Teatro MariaJosé de Carvalho, Sede Cia de Teatro Heliópolis, Rua Silva Bueno 1533, Ipiranga

Classificação: 16 anos. Gênero: Épico. Duração: 90 min.

Roda de conversa após espetáculo.

Ensaio para Dois Perdidos é uma “partida de futebol” de 90 min, com direito a intervalo, prorrogação de 15 minutos e “gol de ouro”. Está nas mãos, ou melhor, nos pés descalços desses atores jogadores, a missão de gerar no público o desconforto necessário para decidir qual corpo vai morrer ali, como pede o texto original Dois Perdidos Numa Noite Suja, de Plínio Marcos.

Texto: Júlio Silvério e Aga Orimaf.

Direção: Júlio Silvério.

Elenco: Aga Orimaf, Jaque Alves, Jéssica Marcele, Jefferson Silvério, Júlio Silvério, Maria Eduarda e Matheus Heitor.

Idealização e produção: Éssa Compania de Teatro

16h – Espetáculo:

[An]Dança da Morte de Dumzé

Com: Grupo Teatral ApanelA

LEIA A CRÍTICA DE ALEXANDRE MATE.

Local: Rua do Caju – Heliópolis

Classificação: Livre. Gênero: Comédia. Duração: 45 min.

Dumzé está morto. Seu corpo segue rumo ao enterro levado pela própria Morte e, finalmente, depois de muito lutar com a vida, vai descansar em paz. O espetáculo propõe um jogo cênico que envolve o público num cortejo fúnebre, acompanhando a relação entre essas duas figuras tão presentes na realidade popular.

Texto: Dramaturgismo final – João Paulo Fernandes.

Direção: Criação Colaborativa – Grupo Teatral ApanelA.

Elenco: Ju Marques (Morte) Marlon Ferreira (Zé).

Idealização e produção: Grupo Teatral ApanelA.

19h – Espetáculo:

Guerra

Com: A Próxima Companhia

LEIA A CRÍTICA DE ALEXANDRE MATE.

Local: Casa de Teatro Mariajosé de Carvalho, Rua Silva Bueno 1533 – Ipiranga. SP/SP.

Classificação: 14 anos. Gênero: Experimental. Duração: 75 min.

Roda de conversa após espetáculo.

A Próxima Companhia traz à cena, no espetáculo Guerra, a cidade em disputa. Os conflitos de sete territórios percorridos pelo coletivo no centro de São Paulo se friccionam com a tragédia Sete Contra Tebas, de Ésquilo, em uma tradução contemporânea. Guerra reúne os fragmentos, os escombros, os espólios dos embates e, principalmente, as pessoas que formam e são desta cidade.

Texto: Victor Nóvoa. Direção: Edgar Castro. Elenco: Caio Franzolin, Caio Marinho, Gabriel Küster, Juliana Oliveira, Ligia Campos, Paula Praia e Rebeka Teixeira.

Idealização e produção: A Próxima Companhia.

OFICINAS (grátis)

19h às 21h30 – Oficina:

Oficina de Corpo e Dança

INSCREVA-SE

Ministrante: Nina Giovelli

Local: Casa de Teatro Mariajosé de Carvalho, Rua Silva Bueno 1533 – Ipiranga. SP/SP.

Público alvo: Interessados em geral. Idade: a partir de 16 anos.

Na oficina, Nina Giovelli trabalha sequências de movimento, estratégias de improvisação, meditações guiadas-dançadas e algumas ferramentas de escrita e fala para canalizar a imaginação para a dança. Buscando sempre a troca, a atividade busca ‘inventar’ corpos porosos, perceptivos e dançantes, ativando o desejo de mover e criar novos caminhos no corpo.

Nina Giovelli – Artista da dança, Nina pesquisa corpo e movimento tecendo conexões entre sensorial, motor e imaginários. Graduada em Dança pela Unicamp, participou de programas intensivos de formação em Artes Performativas, em Lisboa/PT, no c.e.m e no Fórum Dança. Atualmente, estuda educação somática (Body Mind Movement), atua como arte-educadora, é preparadora corporal e também colabora em pesquisas de outros artistas de diversas linguagens.

19h às 21h30 – Oficina:

CorpoPreto EmCena

INSCRIÇÕES ESGOTADAS

Ministrante: Clayton Nascimento

Local: Casa de Teatro Mariajosé de Carvalho, Rua Silva Bueno 1533 – Ipiranga. SP/SP.

Público alvo: Interessados em geral. Idade: a partir de 16 anos.

A partir do livro e da peça de teatro Macacos, de Clayton Nascimento, a oficina CorpoPreto EmCena tem como objetivo investigar as possibilidades cênicas, criativas e históricas que um corpo negro tem ao pisar no palco. O objetivo da oficina é investigar as possibilidades da interpretação e da direção de atores e atrizes, procurando instrumentalizar e fortalecer o corpo, a dramaturgia e a criação de artistas pretos na cena.

Clayton Nascimento – Clayton é ator, professor de graduação no Célia Helena Centro de Artes e Educação, diretor de teatro e dramaturgo. Criador do espetáculo Macacos e idealizador da Cia do Sal, o artista é mestrando pela USP em História do Teatro e diretor trainee e preparador de elenco da série Rota66, da Globoplay.