Olhares de Dib Carneiro, José Cetra e Sebastião Milaré

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Olhares de Dib Carneiro, José Cetra e Sebastião Milaré

Os olhares de Dib Carneiro, José Cetra e Sebastião Milaré sobre os espetáculos A inocência do que eu (não) sei e Um lugar ao Sol que reestrearemos em maio de 2016.

 

A dor e a delícia de ser jovem em Heliópolis

Por Dib Carneiro Neto

 

Tive a imensa honra de conhecer a Companhia de Teatro de Heliópolis, que existe desde o ano 2000, e acho que todos devem prestigiá-la, com o espetáculo incrível chamado ‘A Inocência do Que Eu (Não) Sei’. O nome já é muito bom, poético, estimulante, instigante. É tão bom descobrir que há artistas resistentes e competentes fora do circuito tradicional de teatro paulistano, tentando com muita garra vencer em suas comunidades com base na arte.

A direção de Miguel Rocha é uma coisa muito séria. Nada é entregue ao público com facilidade. Tudo leva em conta a imaginação, o jogo teatral, as diferentes linguagens cênicas, a força expressiva de objetos e adereços, o rigor interpretativo. O épico e o performático. O poético e a crueza da realidade. A fábula e a música.

Um exemplo dessa boa direção me impressionou muito. Feito de solilóquios alternados, o espetáculo – além de ser perfeito em sua ideia de conjunto – também consegue dar chances individuais a cada membro do elenco. O que me impressionou nisso é que, mesmo quando não estão no controle da cena, os atores não ‘saem’ do espetáculo, não ficam no palco pensando na ‘morte da bezerra’, displicentes, desrespeitosos. Não. Há um cuidado e um grau de concentração que poucas vezes se vê em elencos mais profissionais e tarimbados.

 

Revista Crescer

 

A inocência do que eu não sei

por José Cetra

 

Existe por parte de certo público uma ideia pré-concebida sobre o chamado teatro de periferia da cidade de São Paulo. Espera-se por produções baratas com comédias de fácil entendimento (popularescas e não populares) interpretadas por histriônicos atores amadores tocando bumbos e talvez sanfona; se existe uma mensagem, ela é sempre direta e maniqueísta.

Se é que alguns poucos grupos insistem nessa tecla poderíamos citar mais de uma dezena daqueles que localizados fora do dito centro cultural da cidade realizam trabalhos de altas significâncias social, cultural, educacional e artística. A Companhia de Teatro Heliópolis sediada na bela Casa Mariajosé de Carvalho no Ipiranga insere-se no segundo caso, realizando trabalhos de alto nível que exigem algo mais dos jovens da comunidade de Heliópolis a quem prioritariamente o grupo destina seus espetáculos.

 

Veja a matéria completa aqui.

 

Palco Paulistano

 

Um teatro dos tempos líquidos

por Sebastião Milaré

 

Sebastião Milaré

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